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sábado, 10 de setembro de 2011

É Outono no hemisfério norte
















É outono em Montreal. A natureza pinta  a paisagem  com todas as quentes e exuberantes cores de sua paleta ,  como que anunciando que vai nos privar delas por um longo período de  tempo .  Depois da plástica performance,  começa a se despir folha por folha, até dormir completamente nua na neve branca,  fria e espessa da próxima estação.  Imagens como essas ficarão guardadas para sempre  atrás das cortinas de meus olhos turvos.  Eu as toquei. Eu as beijei.  Eu as vi , me comovi e chorei com elas.  Ainda sinto o friozinho gostoso no corpo dos bancos dos parques onde me sentava sob o sol cálido, para apreciar o espetáculo das cores e escrever .  Sinto saudades hoje de lá e dos amigos compartilhando comigo os seus ciclos em comunhão com a natureza.  É como se pudéssemos conjugar juntos os verbos estacionais :  eu primavero, tu primaveras, ele primavera... eu outoneio, tu outoneias , ele outoneia...  eu hiberno, tu hibernas  , ele hiberna, nós hibernamos... eu veraneio , ele veraneia, nós veraneamos. É muito revigorante esse ciclo das estações e eu sinto hoje uma saudade nostálgica desse coro, dessa orquestral conjugação entre os amigos e eu, sob a batuta da mãe natureza.
Para o outono publiquei certa vez um poema aqui
http://www.veramello.com/2009/11/janela-de-outono.html
Beijo .



Teco

Tico



Casa do Tico e do Teco















Tapete de um parque vizinho .





Rue des brises

Lachine
Lachine





Banquinho preferido das tardes de outono,
à beira do Rio Saint Laurent. 





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