Páginas

domingo, 21 de dezembro de 2008

O bêbado e a equilibrista



Prosseguindo com o tema "caixinhas" , aí vai a foto do objeto e do kit de caixinha e bloco de notas que fiz para " O Bêbado e a Equilibrista", maior sucesso da dupla João Bosco e Aldir Blanc que acabou conhecida como o Hino da Anistia. Herbert de Souza, o Betinho , querido irmão do Henfil mencionado na letra, costumava dizer que foi graças a ela que ele voltou do exílio.
O objeto foi idealizado para o espetáculo Aldir à Vera : um cabo de aço que atravessava o palco com um chapéu côco equilibrado sobre ele. Aldir disse certa vez que é esta a canção que melhor lhe define. Fiz então o conjunto de caixinha e bloco de notas e , ao invés de sortear para a platéia, dei a ele de presente no final da temporada. A execução do objeto aconteceu durante as aulas de Objeto e Escultura com Lia do Rio no Instituto Calouste Gulbenkian. A execução da caixinha e do bloco de notas, foi feita no ateliê de Vera Castro e Mariazinha Goldemberg , na "Flowers on time", linda e charmosa loja de objetos de decoração carregada de ótimo astral , no Shopping Center Itanhangá. Quem já passou por lá, nunca a esquece. Quem ainda não conhece, não sabe o que está perdendo.

O Bêbado e A Equilibrista
João Bosco e Aldir blanc

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
e nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
a esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
sabe que o show de todo artista, tem que continuar
tem que continuar

Nenhum comentário: